Conheçam
meu caderno da disciplina. Às vezes o conteúdo está resumido, outras vezes com
complementação, mas os métodos se adequam a melhor forma de compreendê-lo.
De Letícia Butterfield, estudante de Pedagogia - Universidade Estácio de Sá.
“A fantasia é inspirada na realidade”. Na universidade e na sociedade precisamos ter um novo olhar: questionador e criativo, moldando a realidade em uma nova perspectiva.
É
necessário que o graduando, enriqueça o conhecimento e a formação
continuamente. Para que isso aconteça deve ser estimulado a pesquisar, a
participar de atividades e eventos científicos dentro e fora da sua
universidade, como: seminários, congressos, encontros acadêmicos.
Que faça
visitas e estágios leia livros e obras relacionadas à área de formação, participe
de grupos de pesquisa da universidade que pertence, pois assim, juntamente o professor
orientador do grupo de pesquisa, poderá publicar artigos em jornais e revistas
científicas e especializadas na área de graduação, contribuindo para o
incremento do seu currículo e de sua formação.
A
pesquisa acadêmica se diferencia de outros tipos de pesquisa, porque além de
ser uma atividade buscando respostas a uma questão, também tem regras e normas
científicas que precisam ser seguidas e rigorosamente observadas. No Brasil, seguimos as normas da ABNT — Associação Brasileira de Normas Técnicas para a elaboração de trabalhos
acadêmicos.
Certamente,
um aluno pesquisador tem diferenciais, não só na escola ou universidade como
também no mundo social e laboral, pois o exercício da pesquisa é desenvolver
competências de investigação, de escrita, de autoria, éticas, técnicas e tantas
outras.
Podemos
concluir que o espaço da pesquisa é o espaço do conhecimento e deve começar
muito cedo na vida dos estudantes. Essa estratégia didática da investigação
favorece o desenvolvimento de competências necessárias na contemporaneidade,
tais como: aprender a aprender, investigar, desenvolver o pensamento lógico e aprender
a lidar com o outro.
É muito
importante que pesquisemos vários artigos, livros e textos na internet ou em
bibliotecas físicas, mas, sempre tenhamos o cuidado de citar o autor e depois
referenciar a obra no final do trabalho. Essa regra vale para todos os
trabalhos que fizermos dentro e fora da universidade.
Quando
um aluno cópia parte do trabalho de outrem, está afirmando que aquele trabalho
lhe pertence, ou seja, que é uma produção autoral sua. Isso é plágio. E plágio
é crime previsto no Código Penal Brasileiro4, no art. 184 que diz: “Violar direitos
de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)
ano, ou multa” (BRASIL. CP, art. 184).
O aluno
e o professor pesquisadores
Tipos
de conhecimentos
Conhecimento
filosófico
O conhecimento filosófico é uma forma de saber
baseado no questionamento da aparente ordem natural do mundo. A partir da
dúvida, a filosofia constrói um pensamento sistemático e racional.
Conhecimento
empírico (senso comum)
O senso comum (ou empírico) é um tipo de pensamento
que não foi testado, verificado ou metodicamente analisado. Ele é adquirido por meio
da observação, vivência e experiências do mundo, passado de geração em geração. E por ser obtido a partir de um movimento de repetição cultural, pode
estar correto ou não. Não é possível confiar nesse tipo de conhecimento como se
confia na ciência, mas também não podemos invalidá-lo de imediato, pois o fato
de não se estabelecer métodos e testes comprobatórios, não significa,
necessariamente, que o tipo de conhecimento popular está errado.
Conhecimento
teológico
Os saberes produzidos nas religiões não são
filosóficas, nem científicas, e nem se limitam ao senso comum. Devido a singularidade, cada
religião possui crenças próprias, costumes, rituais e um modo de organizar o
mundo conforme seus agentes sagrados
Conhecimento
científico
A ciência não é dona de uma verdade absoluta ou final, pois
continuamente renova-se e modifica-se. Portanto é importante ressaltar que o
estudo de Ciências tem como fundamento o conhecimento científico proveniente da
ciência construída historicamente pela humanidade.
Os fatos cotidianos e os conhecimentos adquiridos ao longo da história
podem ser entendidos pela interação das várias áreas do conhecimento, revelando
a importância da Química, da Física, da Biologia, da Astronomia, Geociências,
dentre outras, que se complementam para explicar os fenômenos naturais e as
transformações e interações que neles se apresentam.
(Afirmação de Bizzo sobre a ciência)
Entenda
que uma teoria considerada comprovada não quer dizer que ela é inquestionável.
Muito pelo contrário. Uma das características da ciência é ser falível porque
uma teoria pode ser superada por outra mais moderna, mais completa ou eficiente.
Um professor brasileiro chamado Pedro Demo (2000) diz, em um
de seus livros, que o cientista ou o pesquisador é a pessoa que sempre duvida
do que vê, do que é dito e nunca pode afirmar algo com certeza absoluta.
Devido a produção de fragilidades controladas da Ciência, ao
invés de certezas absolutas. As certezas absolutas são características dos
conhecimentos popular e religioso. Nesse pensamento, podemos entender que, para
Demo (2000), é considerado científico somente aquilo que se pode questionar e
discutir.
Desta forma, Demo (2000) estabelece alguns
critérios de cientificidade:
·
Ser de caráter empírico. Ter
uma natureza ou caráter empírico é dizer que o que está sendo pesquisado deve
poder ser delimitado e ter uma descrição objetiva dos fatos.
·
Ter
objetividade. A objetividade da pesquisa ou da ciência tem a ver com a produção
de um roteiro ou discurso lógico e que possa ser demonstrado.
·
Discutibilidade. A
ciência precisa discutir seus conceitos na busca de modos diferentes de
entendimento e, claro, para fundamentar todas as formas de demonstração desse
conhecimento como um fato verdadeiro.
·
Observação.
Essa etapa é fundamental no processo científico porque exige controle na
observação dos fenômenos para que as respostas advindas da observação tenham
qualidade e veracidade.
·
Originalidade. Toda
nova teoria ou conhecimento científico precisa trazer uma inovação ou
reconstruir um antigo conhecimento.
·
Coerência. O
discurso de apresentação de uma teoria precisa ser estruturado de maneira
sistemática e lógica, sem margem para as contradições. Outra questão importante
nesse critério é a linguagem utilizada. Seja ela escrita ou verbal precisa ser
também lógica, formal, fluente e sem equívocos.
·
Sistematicidade. A
demonstração de uma teoria precisa ter um sistema lógico estruturado por meio
de uma linguagem breve, direta e claramente exposta. A linguagem científica não
pode conter termos que deem sentido dúbio à leitura ou à exposição oral.
·
Consistência. Uma
teoria precisa ter consistência teórica, um fundamento sólido com a capacidade
de suportar as várias indagações e contra argumentações que podem vir sobre
ela. Em suma, passar pelo texto da falseabilidade.
O método
de pesquisa é o caminho que desenhamos para alcançarmos um objetivo. Veja a
seguir:
Caso,
pesquisa, observação, estudo de caso, análise, critérios e procedimentos.
Podemos conceituar agora o método científico como a escolha de uma série de procedimentos, técnicas, hipóteses e fatos que, juntos, colaboram para a obtenção de determinado resultado.
Na pesquisa, utilizamos o método científico como um kit de maneiras,
processos e procedimentos mentais no desenvolvimento da investigação que
estamos fazendo.
Mas,
para criarmos esse “kit de pesquisa” é necessário que sigamos regras para a
formatação dos trabalhos para que eles possam ser considerados acadêmicos e
científicos.
No
Brasil, os trabalhos acadêmicos e científicos devem seguir as normas
estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas.
Há vários tipos e como já sabemos o método científico segue uma sequência sistemática: Observação, problema, hipóteses, experimentação, análise de resultados, conclusão.
MÉTODOS
Método Indutivo
É uma forma de observamos determinada coisa e
fazermos testes sequenciais para vermos se o que levantamos como hipótese está
correto. Conceito dos filósofos Francis Bacon (1561- 1626) e John
Locke (1632-1704).
Eles
entendiam que a realidade precisava ser investigada com base na experiência de
nossos sentidos e toda pesquisa deveria passar pelas seguintes fases:
·
Coleta
das informações por meio da observação sistemática e criteriosa dos fenômenos
naturais, depois a partir da observação rigorosa da natureza;
·
Agrupamento
organizado de todos os dados coletados para estabelecer a relação existente
entre eles;
·
Formulação
de hipóteses de acordo com as informações recolhidas;
·
Testagem
da hipótese mediante experiências;
·
Comprovação
ou refutação dessas hipóteses;
·
Generalização
dos fatos.
O método dedutivo
É um
processo mental contrário à indução, porque ele faz um caminho inverso daquele
percorrido pelo pensamento indutivo. Enquanto a indução inicia o pensamento da
observação dos casos específicos e particulares, a dedução já parte de um
conhecimento estabelecido, porque ele é utilizado para testar hipóteses que
existem e foram testadas antes.
Mas, por
que então testar de novo? Para provar teorias. Várias áreas usam a dedução,
como, por exemplo: a Filosofia, a Educação e muitas leis científicas para
resolver problemas físicos ou matemáticos.
Método hipotético-dedutivo
É uma
mistura entre os dois métodos que estudamos anteriormente. Foi desenvolvido por
Karl Popper (1902-1994), devido a esse filósofo ter críticas enormes ao método
indutivo. As críticas de Popper fizeram com que ele criasse o
hipotético-dedutivo e as conduziram pelo caminho do ceticismo (da dúvida) a fim
de chegar a um conhecimento o mais próximo possível da verdade. Você pode estar
aí se perguntando: mas quais eram as críticas de Popper ao método indutivo?
Bem, Popper entendia que a indução não poderia fundamentar nenhum conhecimento
verdadeiro, porque partir de observações particulares de fatos isolados não era
suficiente para afirmar com certeza determinada verdade, uma vez que precisaria
fazer testes com todas as observações possíveis no universo.
Método dialético
Dialética é um método de diálogo cujo foco é a contraposição
e contradição de ideias que levam a outras ideias e que tem sido um tema
central na filosofia ocidental e oriental desde os tempos antigos. A tradução
literal de dialética significa "caminho entre as ideias"
Método fenomenológico
Tem sua
origem na figura do filósofo contemporâneo Edmund Husserl (1859-1938). Husserl
entende que a única forma de conhecermos a realidade de uma maneira segura é
buscarmos o conhecimento na consciência.
O método fenomenológico, que provém da palavra fenomenologia (aquilo que
se apresenta ou que mostra) é uma maneira de entender a realidade por meio dos
fenômenos da consciência. Para os estudiosos da Fenomenologia, a realidade só
pode ser conhecida se estudarmos os fenômenos que acontecem na consciência
humana, ou seja, as coisas que existem na mente das pessoas.
Tipos de Pesquisas
A pesquisa básica tem como objetivo a construção de conhecimentos novos que visem o progresso da ciência, porém sem a preocupação de tal conhecimento seja aplicado de forma imediata. O que isso quer dizer? Que a pesquisa básica não é realizada para resolver um determinado problema que foi sinalizado por um grupo, pela sociedade ou por qualquer indivíduo. Ela tem como objetivo único responder o porquê dos acontecimentos, o porquê determinados eventos ocorrem, como as coisas funcionam.
A pesquisa aplicada tem um objetivo diferente porque
tem como finalidade construir conhecimentos para serem aplicados na prática. Em
outras palavras, a pesquisa aplicada tem o objetivo de aplicabilidade imediata
para a resolução de um determinado problema de pesquisa e interesse social.
A pesquisa exploratória, como o próprio nome sugere,
é uma pesquisa que nos proporciona maior aproximação do objeto de estudo (o
tema). Mas, como? Por meio de pesquisas em livros, artigos, revistas e vídeos
especializados etc. Por isso, a pesquisa exploratória é aquela que nos leva a
conhecer melhor o tema que estamos começando a pesquisar. Na pesquisa
exploratória, definimos com quais autores e linhas teóricas iremos trabalhar,
pois há vários autores que tratam do tema que escolhemos, embora sempre haja
perspectivas diferentes sobre o mesmo tema. Essas perspectivas diferentes são
chamadas de linhas teóricas.
As pesquisas explicativas têm como objetivo explicar
um fenômeno ou fato, relatar como ele ocorre e também interpretá-lo para
atribuir explicações lógicas e científicas para o fato estudado. Esse tipo de
pesquisa busca sempre estabelecer a relação causa-efeito entre os fatos
pesquisados, ou seja, entre as variáveis que estão implicadas na observação.
Por essa razão, é um tipo de pesquisa que aumenta o conhecimento, pois
aprofunda a análise da realidade ao procurar explicar os motivos e as relações
entre os fenômenos.
As variáveis
Quando discutimos sobre a pesquisa explicativa, falamos muito sobre variável. Mas, o que é uma variável de pesquisa? Bem, o nome já nos dá uma pista de que uma variável é alguma coisa que se modifica, varia e pode ser observada e quantificada quando estamos fazendo uma pesquisa.
Entendeu
como as variáveis independentes e dependentes podem ser manipuladas pelo pesquisador,
enquanto a interveniente pode interferir na pesquisa, mas sem que o pesquisador
tenha controle sobre ela? No exemplo
dado, o professor-pesquisador não pode controlar os espaços e eventos de
leitura que as crianças utilizam ou de que participam fora da escola, não é
mesmo? Essa é uma variável interveniente que pode alterar o resultado da
pesquisa.
Abordagem
da pesquisa científica Uma pesquisa pode ter uma abordagem qualitativa,
quantitativa ou um composto das duas primeiras, formando uma pesquisa
quantitativa-qualitativa, a famosa “quanti-quali”. Vamos conhecer as
características de cada uma delas.
A
pesquisa qualitativa não está preocupada com os aspectos numéricos ou
quantitativos, mas com a atividade de compreender um determinado fato ou
fenômeno social. É exatamente esse aspecto que diferencia a pesquisa
qualitativa da quantitativa. A pesquisa
qualitativa é muito utilizada pelas ciências sociais e humanas e comporta
diferentes modelos de pesquisa, pois essas ciências sociais têm especificidades
e metodologias próprias que não poderiam ser limitadas pelos métodos
científicos cartesianos, que verificam as evidências reais, analisam por meio
da divisão do evento em suas mínimas unidades e sintetizam o que descobriram na
análise por meio do agrupamento e conclusão.
A
pesquisa quantitativa, como o próprio nome já nos sugere, é aquela
caracterizada pela utilização e pelo emprego de números, quantificação e
estatísticas. Por isso, a pesquisa quantitativa utiliza uma amostra grande, ou
seja, um grande número de casos para que esses estes representem uma amostra
probabilística confiável.
Nota-se
que esse tipo de pesquisa quantifica as informações coletadas e generaliza os
resultados. Por exemplo, numa pesquisa de intenção de votos. De acordo com o
entendimento do professor Malhotra (2001), “a pesquisa qualitativa proporciona
uma melhor visão e compreensão do contexto do problema, enquanto a pesquisa
quantitativa procura quantificar os dados e aplica alguma forma da análise
estatística”.
Esse
tipo de pesquisa mistura os dois tipos que vimos anteriormente. Essa pesquisa
envolve métodos quantitativos e qualitativos para conseguir resultados de
análises mais profundos sobre o tema pesquisado.
Procedimentos
de coletas de dados Analise o quadro a seguir, que faz um resumo sobre os tipos
de pesquisa, objetivos, natureza e abordagens:
É
importante atentar para dois itens necessários a coleta de dados:
Procedimento de coleta de dados de pesquisa: Trata-se do processo de
recolhimento de informações sobre o tema que se está pesquisando. Ou seja, o
ato de juntar dados coletados em observação, questionários, entrevistas etc. de
modo a criar um conjunto de informações que possam ser comparadas com o corpo
teórico do trabalho.
Instrumentos de coleta de dados:
1. Observação -
considerado um instrumento básico de coleta de dados em todas as ciências e
tipos de pesquisa. Existem vários tipos de observação: a) Observação assistemática – como o nome
diz, não está estruturada, por ser espontânea e de caráter informal. b) Observação sistemática – é estruturada por
meio de um roteiro que o pesquisador elabora previamente. É controlada a partir
desse roteiro e do planejamento de cada ação por todo o olhar do pesquisador,
direcionado de acordo com o roteiro realizado.
c) Observação participante – o pesquisador participa realmente no grupo
em que está pesquisando. d) Observação
não participante – o contrário da anterior. Nesse tipo de observação, o
pesquisador somente observa sem interagir com os processos e fatos que está
observando. Permanece isento, sem participação.
2. Utilização de documentos – podemos coletar dados para uma pesquisa em
documentos, como revistas e jornais, revistas, arquivos históricos, dados
estatísticos, biografias etc.
3. Entrevistas –
são muito utilizadas nas pesquisas quanti ou quali, porque conferem resultado
rápido aos dados são passíveis de interpretações quantitativa e qualitativa.
Oferecem a um amplo conjunto de aspectos que podem ser trabalhados, além de
permitirem o aprofundamento das informações coletadas diretamente com o
entrevistado. As entrevistas podem ser de quatro tipos: a) Informal – pouco estruturada e com um
caráter de conversa livre e descomprometida. No entanto, o pesquisador não pode
esquecer que aquela é uma atividade que tem um objetivo proposto em um projeto
de pesquisa que pretende coletar dados.
b) Entrevista focalizada – muito parecida com a informal por ser também
espontânea, mas se foca em um tema exclusivo.
c) Entrevista por pautas – é mais estruturada e elabora perguntas que se
relacionam e devem ser seguidas pelo pesquisador. d) Estruturada – parte de uma estrutura fixa
de perguntas e questões que devem ser trabalhadas pelo pesquisador. Geralmente
são muitas perguntas que o entrevistado precisa responder.
4. Questionários
- um outro método muito utilizado por ambas as pesquisas (quali e quanti), pois
não exige a presença do pesquisador, ao contrário de nas entrevistas.
Atualmente, com o suporte da tecnologia informática digital, muitos
pesquisadores utilizam plataformas de pesquisa online. Os questionários podem
conter perguntas fechadas e abertas. As perguntas abertas são aquelas que
necessitam de uma resposta discursiva. As perguntas fechadas são aquelas que
exigem apenas uma escolha de item. Ainda temos as perguntas semiabertas, que
são um misto das abertas e fechadas.
5. Formulários -
“representam um meio-termo entre entrevista e questionário, mas, como no
questionário, o formulário também é apresentado por escrito, mas é o
pesquisador que assinala as respostas dadas oralmente pelo respondente”
(VERGARA, 2000, p. 55).
6. História de vida -
coleta dos dados que tenham a ver com a história de vida de alguém ou de um
grupo de pessoas que possam descrever experiências, vivências ou situações que
tenham sentido e se relacionem com o tema que se está pesquisando.
Procedimentos de pesquisa dizem respeito ao modo como uma
pesquisa será realizada. Isto é, o modo como ela está sendo pensada, planejada
e será elaborada em todas as suas etapas, desde o primeiro momento até a
finalização, com a resposta do problema de pesquisa. Mas, escolher um tema e um
problema de pesquisa não é uma tarefa muito fácil. Por essa razão, você aluno
deve escolher um tema que realmente seja do seu interesse e, por que não dizer,
lhe cause fascinação. Imagine passar alguns semestres preparando seu projeto de
pesquisa e o seu TCC de um tema que não gosta. Seria um fardo, não é mesmo? Por
isso, escolha cuidadosamente um tema que lhe cause interessa e o faça se
dedicar ao trabalho de pesquisa.
Outro
ponto importante para desenvolvermos o projeto de pesquisa e o TCC é
utilizarmos uma rica base teórica. Base ou fundamentação teórica é toda a
bibliografia ou literatura especializada no tema escolhido para apoiarmos o
trabalho. Ter uma boa fundamentação teórica é muito importante para compor
academicamente o trabalho, bem como é primordial para o seu crescimento
acadêmico e desenvolvimento pessoal.
De
acordo com o professor Antônio Gil (1991), uma pesquisa científica pode ser
classificada como bibliográfica, documental, experimental, ex-post-facto,
levantamento, estudo de caso, pesquisa-ação e pesquisa participante. Isso
porque, para levantarmos informações e dados para uma pesquisa, é necessário
que façamos um planejamento do que iremos fazer (objetivos da pesquisa), como
iremos fazer (metodologia da pesquisa) e para que isso servirá (justificativa
da pesquisa), e que tracemos um plano conceitual e operacional, chamado de
desenho de pesquisa ou delineamento de pesquisa.
No
desenho de pesquisa, temos duas grandes entradas de informação, a entrada de
fontes de papel e os dados fornecidos pelas pessoas:
Vamos agora conhecer cada um
desses procedimentos de pesquisa.
A pesquisa bibliográfica
Esse
procedimento de pesquisa é muito importante, e nós o utilizamos sempre quando
estamos na universidade ou queremos fazer qualquer outro tipo de pesquisa. Mas,
veja que uma pesquisa bibliográfica tem algumas etapas importantes que devem
ser observadas. São elas:
A pesquisa documental Como
o nome já diz, a pesquisa documental é um procedimento de pesquisa que se
parece muito com a pesquisa bibliográfica, pois exige uma leitura muita atenta
e criteriosa. No entanto, utiliza outros tipos de materiais gráficos que ainda
não receberam um tratamento de análise, como aquele que acontece na pesquisa
bibliográfica, tais como diários, jornais, revistas antigas, obras literárias e
técnicas, fotografias, cartas pessoais, gravações, material cartográfico,
relatórios, memorandos, materiais estatísticos, imagens, fotografias, filmes,
boletins etc.
Muito
semelhante à pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental, como todo trabalho
científico, exige uma sistematização e lógica. Por isso, tem fases que precisam
ser desenvolvidas de maneira criteriosas.
São elas:
CADERNO DA LÊ, ESTUDANTE DE PEDAGOGIA - ESTÁCIO DE SÁ
Referências
Aulas de 1 a 7 da disciplina Pesquisa e
Prática na Educação – Universidade Estácio de Sá
https://tecnoblog.net/236041/guia-normas-abnt-trabalho-academico-tcc/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dial%C3%A9tica
Ao compartilhar o conhecimento você ensina, ao praticar você inspira.
Nosso conhecimento torna-se precioso quando o tornamos algo acessível para todos.
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